terça-feira, 21 de junho de 2011

Toshiba a funcionar

Depois de algum tempo sem poder escrever a partir do toshiba, eis que resolvo seguir um conselho precioso e resolver a situação. Já ganhei o dia. Neste dia em que regresso à Covilhã para fazer uma melhoria quase absurda. Absurda porque não sou melhor que aquilo que já fui. Não sei mais nem menos. Sei igual. O que faz mudar tudo é a vontade com que faço as coisas. Há testes que me dá preguiça de fazer. Muitas vezes quando me dão o enunciado o meu primeiro pensamento é "oh que merda, ainda não escrevi nada". E se há um conselho que eu deixo aos estudantes é que escrevam sempre muito. Pode não dar em nada, mas quase sempre dá nalguma coisa. Nem que dê só numa constatação de esforço recompensada. Sei se vou ter boa nota pela quantidade daquilo que escrevo. Eu. Normalmente.

Ah, outra coisa.

O meu blogue anda a receber visitas fruto de alguma publicidade da minha amiga (já) publicitária Allya. Não tenho nada de muito mau a dizer sobre isso. Quem se sentir ofendido tem direito de resposta e quem gostar tem pouco direito a resposta porque eu sou uma modesta. O que quero dizer é que eu falo aqui de muita gente. E ou eu não me conheço muito bem, ou apesar de tudo,continuarei a fazê-lo. Talvez de forma mais subtil para que ninguém se sinta difamado. Outra coisa, muitas das vezes uma pessoa ou situação são só a desculpa perfeita para as minhas generalizações. Já pedi desculpa a quem tinha de pedir. Já pensei na minha conduta blogueira. Agora vou dormir.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A minha presunção de Ser Especial

Não é fácil lidar com a ausência. Assim como é fácil lidar com gelados no Verão. E no resto do ano se for eu. Duas ausências repetidas com as quais tenho de viver todos os dias. Ausências escolhidas por mim e coagidas pela realidade. Não me lamento a toda a hora por elas estarem finalmente a ser, mas não há um dia que não pense em como poderia ter sido. Várias foram as vezes em que escrevi e apaguei sobre isto. Uma outra verdade é que não era esta pessoa que eu queria ser. A Letícia que escreve não é a que meio mundo vê por aí de óculos de sol. Acho até que as pessoas que só conhecem um dos meus lados ficariam bastantes surpresas com as minhas fragilidades aqui repetidamente expostas. Às vezes orgulha-me saber que há pessoas que não me conhecem. Há dias (bastantes já) uma amiga disse-me, enquanto eu lacrimejava, que parecia ter um House na minha vida. Ela sabe que eu vejo a série. Ela vê muitas séries que também vejo. Aquilo ficou-me. Nada que eu nunca tenha pensado. Com a desvantagem de que a ficção é sempre mais fácil de viver. Porque lá as pessoas sabem representar o Enquanto Dura. A coima é pesada nos dois casos. Culpa da minha presunção de Ser especial. Que sou.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fatalidade do instante

A vida pode mudar num instante. O que me faz ter esta constatação brilhante? O facto de há uns dias ter quase tido um acidente jeitoso. Na verdade foram dois. Um em que ia sendo atropelada numa passadeira e outro em que era eu a culpada enquanto condutora. Há quem diga que conduzo mal, aí está a prova. Má tentativa de ultrapassagem. Mas a vida pode mudar não só para os lados da morte. Instantes em que podemos ser tudo e instantes em que afinal já não somos grande coisa. É assim a vida, um instante fatal.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Poncha da Madeira

Será?

Estou com dores de cabeça na ordem do quase insuportável. A sensação é a de que vou desmaiar a qualquer momento. Aconteceu hoje quando estava numa loja de bijuteria. Aconteceu um pouco durante todo o dia. Comi como é meu hábito diário. Talvez menos por preguiça e dor de cabeça, mas comi o suficiente. Nada de anormal me havia acontecido para eu estar assim. Até que me lembrei duma coisa. A Cátia. A Cátia regressou ontem da Madeira. E o que trouxe ela tão típico de lá? Poncha. Eu não bebo álcool, mas gosto de provar certas bebidas que o contêm. E provei. Depois de provar o copo continuava ali, ao meu lado enquanto eu tentava concluir sobre o trabalho de Direito de Resposta. Fui bebendo. Aquilo sabe a maracujá e depois do ardor inicial fica um sabor muito bom na boca. Estava acompanhada pela Sumaya que também estava a fazer o seu trabalho. Eu ia bebendo e ficando cada vez com mais sono, ela ia-me alertando para o facto de eu poder estar a ficar borratchinha. Estava mesmo. E hoje, ao que tudo indica, estou de RESSACA. Estado esse que faz o orgulho de tanta gente.

sábado, 4 de junho de 2011

Impulsos

Hoje escrevo para me redimir dos meus pecados. Há muitas pessoas de que falo aqui. Pessoas que passam pelos meus dias e que me inspiram de várias formas. Há tempos fiz referência a um professor num tom um pouco mauzinho. Ele descobriu o meu texto. Porque afinal ele domina mesmo isto da Internet.

E aproveito para dizer umas coisas sobre mim.

Há dias discutia com um amigo e ele disse-me isto "não precisas dizer-me coisas más como dizes aos outros porque afinal importaste que eu goste de ti". Foi mais ou menos isto. Desde então penso nisso todos os dias. A minha impulsividade de dizer o que me apetece e quando me apetece nada abona a meu favor. Mas em tudo na vida. Daí haver muita gente a achar que sou uma besta. Às vezes é lisonjeador que o pensem, outras não.

E é pena descobrir alguém no fim de alguma coisa. Eu descobri um professor diferente e já é tarde. Descobri também muitos colegas de turma que em três anos eram perfeitos desconhecidos. Descobri gente muito simpática de Erasmus e eles descobriram-me a mim. Estou aos poucos a descobrir que reprimir um pouco, nem sempre é mau. Ajuda a que não me arrependa tanto. Há pessoas de que falo, tantas vezes criticamente, que eu quase rezo para que nunca venham parar aqui. Porque gosto delas. Muito. E sei que ficariam magoadas.

Algo que me alivia: saber que estou a melhorar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Episódio certo, temporada errada

Tenho as duas últimas temporadas de House para ver. Aconteceu-me hoje começar a ver o episódio certo na temporada errada. O resultado foi pior do que perguntar à Maria se já viu um filme. Descobri quase tudo sobre a próxima temporada nos dez minutos iniciais do episódio, que para ser sincera me causou alguma estranheza no início, mas que continuei a ver com entusiasmo. É triste. E agora que tenho de ler umas coisas para o teste de amanhã, porque já não há escapatória, aqui estou eu.

Imagens enganosas ou pessoas chatas?

Eu não vejo as fotos modificadas como uma forma de enganar as pessoas. Não me chocam nada as imagens publicitárias que têm como fim mais que oficial, vender. Atrair. E o que atrai? O que é belo. Mas as pessoas não se podem sentir enganadas por algumas razões que Sean Callahan apontou, com as quais concordo plenamente. Diz ele que a fotografia, aquele quadradinho rectangular que inclui coisas, também as exclui. Uma fotografia vista assim nunca é uma realidade completa. Há coisas que ficam fora da fotografia. Coisas contíguas ao cenário físico e ao cenário não físico. Quando uma modelo tira fotos com um gelado da OLÁ na mão ao lado da piscina, subentende-se que tudo aquilo seja encenado. Se supomos isso, porque não aceitar normalmente o pressuposto de que a imagem da modelo sofre melhorias? Outra coisa muito normal agora é falar-se do Photoshop como sendo o mal de todos esses pecados do engano. Desde sempre houveram técnicas para melhorar actores e cenários numa fotografia. Com os Reis aconteciam pinturas que os favoreciam de alguma maneira. Acrescentar altura, diminuir defeitos do rosto, tudo isso. O que mudou é que agora não está só ao alcance do artista. Está ao alcance de um rato de computador. Não acho nada enganoso. Só engana quem quer achar que é enganado. E sobretudo não partilho a ideia de que as famosas que aparecem nas revistas têm todas celulite. Afinal, há gente bonita no mundo.

Trair a quanto obrigas

Trair. Uma palavra quase inaplicável nos nossos camuflados mundos. Trair é coisa a que ninguém gosta de estar associado. Quem nunca traiu que atire a primeira pedra. Haverá muito boa gente a atirar pedras neste momento. Mas calma. Trair não é só chegar a vias físicas de facto. Vivências minhas dizem-me que não é nada assim. Quando uma rapariga relativamente descuidada com a sua aparência resolve pintar os olhos e vestir a sua melhor roupa para ir ter com um rapaz em específico, que não é seu namorado, isso é o quê? Para mim trair. E não é preciso mais nada. Podem ir apenas fazer compras ao Pingo Doce. E pode dizer-se que ela gosta de ficar bonita e ser admirada pelo sexo oposto. Assim sendo sairia à rua tendo isso sempre em conta. Outra coisa, se um rapaz tem namorada porque anda a admitir atracções por outras raparigas? E dá-se a desculpa de que a namorada sabe e que ela é extremamente compreensiva...claro que isso não pode ser verdade. Nenhuma namorada é compreensiva o suficiente para ser indiferente ao relacionamento entre o namorado e o seu fetiche. São as desculpas que permitem às pessoas viver bem com isso. Ultimamente tenho lidado com situações destas que não me dizem directamente respeito, mas que me levam a desacreditar nas pessoas. Parece que ando a ser enganada. Faz-me duvidar da ideia que tenho das pessoas. Parece que tem de haver sempre um lado muito mau que as pessoas escondem. Pessoas aparentemente correctas e confiáveis que depois se revelam fraudes. Este sentido carnal de traição é coisa que ainda não me aconteceu. Estive sempre com quem queria estar e não houve nem a necessidade de reprimir. Nem os meus sentimentos fui ainda capaz de trair. Para concluir, detesto esta palavra. Parece teatral.