quinta-feira, 19 de maio de 2011

Senhor anónimo, escrever para si é um prazer

Estive a responder a um comentário que me deu muito prazer em ler. Eu gosto de argumentar. Quando estou convicta de determinada coisa, é-me muito fácil fazê-lo. Quando tenho dúvidas, por mínimas que sejam, fico calada.

Outra coisa que me fez responder à vontade foi o facto de ser um anónimo. Acho que o facto de as pessoas não assinarem evita muitos constrangimentos de linguagem. Para mim em particular que gosto de recorrer à ironia. E o comentário fez-me lembrar de uma história.

Há dias em conversa acesa, uma amiga minha dizia que os estudantes universitários são todos inteligentes. E eu discordei. Como boa criticadora implacável (assim me chamaram um dia). O quê? Os estudantes universitários são todos inteligentes? Ou o meu conceito de inteligência é muito restrito ou o dela é muito alargado. Ou então há que categorizar os vários tipos de inteligência. Há a chamada inteligência saloia por exemplo. A inteligência da esperteza (a que dá boas notas a quem imprime cábulas a computador). A inteligência do mais forte (aquele que sabe sempre tudo porque tem mais força física para o saber). A inteligência especializada. E por aí em diante. Assim talvez concorde. De outra maneira não.

Outro mito que há é o de que as pessoas com boas notas são inteligentes. Não necessariamente. E atenção, eu nem tenho más notas. Como dizia o professor David G. Santos, os alunos têm melhores notas tanto mais fielmente reproduzirem as palavras dos livros ou do professor. Não há esforço ao nível da inteligência. E eu falo com conhecimento de causa. Quando penso muito num teste, a nota é sempre uma incógnita.

2 comentários:

Anónimo disse...

Anónimo é a mesma coisa que dizer Pedro, António ou Maria, não me conheces. Sou tão anónimo para ti quanto tu para mim. A diferença é que já te reconheces aqui, eu não. Deixo à tua criatividade e poder de argumentação a liberdade para me baptizares.
"Quando estou convicta de determinada coisa, é-me muito fácil fazê-lo. Quando tenho dúvidas, por mínimas que sejam, fico calada."
Ou então... fica.

Eu não sou da Raia disse...

Senhor anónimo,

Nada a acrescentar.

Obrigado pelo interesse demonstrado.

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