quinta-feira, 31 de março de 2011

Sorriso meu



Hoje esteve dia bonito e eu estou contente e muito bem cansada. Vou dormir.

Pontos negros no meu sapato

Hoje teria ido ver Pontos Negros. Mas. Mas não se reuniram condições. Sobretudo pela falta de companhia. Porque falta companhia? Porque a maior parte dos meus contactos pessoais não tem grande conhecimento da vida e obra de tal banda. Aqueles que têm, o(s) pouco(s), não se aperceberam dos sinais. Hehe. Quando alguém diz ao lado de uns cheetos palitos "apeteciam-me tanto cheetos palitos!", o óbvio da intenção, nega qualquer tipo de desentendimento. Mas. Aqui estou eu, a ler sobre Ética. Que no fundo é mais produtivo, menos caro e mais conveniente para mim em particular e para alguma(s) pessoa(s) em particular. Hum, recado dado.

Barcelona

Há dias em que quero tanto voltar. Voltar de passagem, voltar para ficar. Voltar de qualquer maneira. Mas voltar. E é uma vontade tão sólida que assusta.

terça-feira, 29 de março de 2011

Semana académico-deprimente

Semana académica na Covilhã. Muita gente caminha numa única direcção: pavilhão da Anil, local onde tudo se passa esta semana. Estive (por acaso) na fila de entrada para o chamado arraial durante um tempinho. É impressionante reparar na importância que os estudantes universitários dão a esses dias. Eu não consigo dar. Não fico com pena quando acaba e eufórica quando começa. Isso costumava acontecer quando era pequena e com a festa da minha aldeia. Talvez o princípio de adoração seja o mesmo, mas não gosto de comparações desleais para com as minhas felizes e inocentes vivências. Eu gostava da festa da terra (e continuo a gostar), por várias razões. Era inevitavelmente o tempo em que havia gente na rua e a passar, com quem pudesse travar brincadeiras. Era quando vinham os meus padrinhos da França, cheios de prendas para mim. Altura do ano em que acontecesse o que acontecesse, eu iria ter roupa nova. Vestidos quase sempre um tamanho abaixo do similar da minha irmã mais velha. Era quando havia barracas de doces e eu tinha dinheiro para eles. Havia sempre euforia, família numerosamente reunida. Calor. Era naqueles dias que eu podia estar acordada até à meia noite! Eram os foguetes com que acordava pela manhã. Era a competição dos jogos tradicionais e o tão ainda presente (mas noutras ocasiões) nervosismo ansioso. Havia razão para ter pena quando acabava. Isto da semana académica não se entende. É caro, só se bebe cerveja, as pessoas tendem a não ter discursos interessantes, correm riscos de saúde porque se tornam ainda menos selectivas na escolha de parceiros, passam horas de pé, fumam como se os cigarros estivessem em vias de extinção...em suma, deprimente. Lamento, mas é a minha opinião. E eu podia muito bem estar lá. Se faço estas observações é porque estive no terreno, mas sem metade das premissas que constituem o bom estudante universitário.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O amor é um frio e sofrido aleluia



Há tempos escrevi sobre o amor ao som de uma música. Ao som desta talvez seja coagida a fazê-lo novamente. O amor é um frio e sofrido aleluia. Ou um quente e sorridente abraço. Amor é aquilo que faz as pessoas ter reacções a quente. Sem grandes racionalidades.

O ciúme!

O amor não é a suficiência de um protótipo. É mais. Não sei o que é exactamente porque talvez não seja esse o seu objectivo. Ter definição. Mas. Há manifestações que se naturalizam como o transpirar de dois corpos em esforço físico.

O sexo!

O amor sobretudo é. Está, senta-se na cadeira da cozinha, conversa connosco, diz "aguenta-te Ticha", usa o mais bonito dos sorrisos, usa boxers joker face recomendados, canta músicas, enternece, choca, desilude, magoa, brinca, cresce, diminui, pede desculpa, erra e volta a desculpar-se, come. Desespera. Atrai, repulsa.

A saudade!

Amor. Esse sentimento que na verdade são vários, é o fim último da existência humana. Diga-se o que se disser. Seja o Hitler, seja a mulher que acaba de fazer a mágica da reprodução. O amor é gratuito e não tem impostos rígidos.

A incondicionalidade!

O amor age. Faz andar. Faz querer. Faz mudar. Faz esquecer. Faz perdoar. Faz lembrar. Faz ser perdoada quando se troca tudo pela palavra ERRO. Faz confissões.

A sinceridade!

Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender...e não é.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A coerência é a parente mais próxima da legitimidade. Sou eu que o penso.

Pensei em desistir. Em vez disso, chorei e passou.

Hoje foi sexta. Continua a ser por mais uns minutos. Chorei. Não por estar triste, mas por desespero. Ou por outra coisa qualquer que deve ser a mistura de muitas coisas e portanto não sei definir. Chorei perante a minha superior na loja onde trabalho. É muita pressão. Pensei em desistir mesmo antes de começar. Durante as quatro horas do meu pequeno turno de hoje, muitos pensamentos derrotistas passaram pela minha mente. Já trabalhei. Já tive que me adaptar noutras ocasiões. Mas agora é diferente. São kilos de pressão. Pedidos que mexem com personalidade que não são fáceis de atenuar. Quanto mais mudar. Eu quero trabalhar. Eu quero cansar-me. Não quero sentir que entrei no Big Brother por engano. É a analogia que me surge tantas vezes. Porque estou sob vigilância constante. Se espirro alguém vai estar disposto a dizer "santinha". E eu não sou disso. Não gosto dessas merdas. Digo merdas porque aqui falo como me apetecer e digo com as palavras que sentir. Clichés em toda e qualquer parte dão-me náuseas psicológicas profundas. Ainda farei um estudo de sondagem para saber se há clientes adeptos do "se precisar de ajuda..." Eu só detesto isso. Pode ser razão mais que suficiente para me proibir de entrar numa loja. É muito mau ouvir falando eu como cliente, é mil vezes pior de dizer enquando vendedora. Duas faces da moeda, nenhuma delas plausível a meu ver. Na minha humilde opinião, algo está mal. Mas eu sou a última carta do baralho. Estou na base da pirâmide. Eu gosto de trabalhar. Mas não tenho andado muito motivada. Tem sido um sacrifício, embora hajam prós no meio disto tudo. Dinheiro e pessoas simpáticas.

PS: Passei as 2000 visitas. Sou quase o Cristiano Ronaldo dos blogues.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Porquê? Porque não.

Haverá coisa mais irritante no mundo do que vermos respondida uma pergunta nossa com "porque não"? Deve haver. Mas não haverá muitas mais coisas. E porque dão as pessoas respostas como: porque não, porque sim, por nada, porque me apetece...? Há que desconfiar sempre de respostas como essas. Podem ser sintoma de:

1-Mentira

2-Omissão da verdade

3-Falta de argumento

4-Falta de consideração

5-Menosprezo

6-Burrice

7-Desinteresse

8-Falta de razão

9-Tentativa de evitar lidar com a verdade. Não querer traduzir a verdade em palavras. Este ponto difere do dois por ser mais complexo.

Muitas vezes estas respostas carregadas de eloquência trazem todos os sintomas anteriormente mencionados. É só pensar e ajustar. Hoje foi assim. Amanhã será igual, em todas as mentes que não sabem comunicar.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Música bonita

Os adjectivos que devem caracterizar uma música não passam pelo grau de beleza. Mas alguém me pegou este hábito de trocar adjectivos. E em vez de gostar mil milhões desta música, acho-a bonita. Ainda me lembro da primeira vez que a ouvi, há não muito tempo. As coisas que tu me mostras...

Despertadores

O despertador não tocou. Tocou antes o meu despertar interino. O que está habituado às horas em que o dia devia sempre começar. Para tudo e todos. Umas das minhas superiores no trabalho diz que eu sou uma máquina da parte da manhã e à noite sou um bébé chorão que fica lento porque quer ir dormir. Ela disse-me isto depois de três dias a entrar às oito da manhã e a sair às dez da noite. Algo que abona em meu favor, direi eu. De qualquer maneira não posso deixar de concordar com ela. Eu gosto das manhãs para trabalhar. As manhãs ditam o resto do dia. E agora vou falar de um despertador muito especial. Não sei se já alguma vez referi que moro com mais sete pessoas. Moro. Uma delas (não vou citar nomes porque não é preciso) tem vários despertadores que tocam invariavelmente todas as manhãs. E tardes às vezes! E porquê? A pessoa não acorda. Acordam os vizinhos se for preciso, mas ela não acorda. Estou agora a ouvir os sons. Um deles é um toque daqueles tlililili, outro (para mim o mais detestável)é uma música ranhosa que já esteve na moda. Esta:



Ouvir isto uma vez já custa. Agora imagine-se o que é ouvir umas 10 vezes por dia e umas 50 vezes por mês. O problema é que a Andreia não acorda! Um caso a ser estudado, como alguém já disse cá em casa.

(Continuando)

Já está outra vez a tocar!

Desisto. A música desconcentra-me de qualquer pensamento.

Desisto.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tudo vale a pena se a Letícia não for pequena

Em três meses tive mais visitas do que num ano. Estou quase nas 2000 visitas. Ou estou cada vez mais interessante ou estou cada vez mais dedicada a isto. A segunda tem factos que o comprovem. A primeira nem por isso.

Continuando.

Hoje passei o dia a dormir. Acordei às onze da manhã e às duas da tarde já estava a ouvir a televisão muito lá ao fundo. Parece que estive a ceder à vingança das pernas que nos últimos três dias passaram horas em trabalhos forçados. O domingo sangrento e o sábado negro passaram sem que fiquem marcados na história da Humanidade. Só a sexta-feira negra e o outro domingo sangrento permanecem no livro de História. Os meus, ficam aqui.

Estou contente. Pode ser uma ilusão, mas estou muito contente. Hoje, aqui e agora. É certo que costumo fazer aqui as queixas,as que sobretudo recaem sobre um único Ser. Falo mal. Critico. Questiono. Mas a verdade é incontornável. Gosto desse Ser. E se gosto, é porque a pessoa em questão não é só contras. A verdade é que não. Mas os elogios parecem sempre mais difíceis de fazer. Ou quando há algo para elogiar, o tempo urge em ser vivido. Depois de um domingo a trabalhar e sob kilos de pressão, um acto faz toda a diferença. Não houve exclusão. Houve correspondência. Talvez seja uma semente. Talvez seja um acto isolado, mas...

...tudo valerá a pena se a Letícia não for pequena.

domingo, 20 de março de 2011

Domingo sangrento ou o dia D

Hoje tenho um Domingo sangrento pela frente. Tenho que provar a minha competência, nem que para isso seja o mais chato dos seres. Sinto que a pressão recai toda sobre mim. Porque sou o elemento novo, frágil e comedido. Estou a falar, obviamente, dos meus afazeres profissionais. Dentro de um shopping, a trabalhar, não há noite nem dia. O sol quente da rua não se estende indefinidamente. Só sei que já é noite quando as luzes dos corredores se ligam à porta da loja. Hoje vou munida de relógio. Para saber em que parte do dia me encontro. Se na habitual hora de ir a casa da minha avó nos domingos à tarde, ou se são horas de regressar à Covilhã. É estranho como as rotinas se podem alterar tanto. De qualquer maneira estou bem e cheia de vontade de fazer mais e melhor. Afinal (e como gostam de dizer os meus superiores)gente que queira trabalhar não falta e há montes de currículos à espera. E no meio de tanto currículo eu tive a sorte de ser escolhida. Não sei se pelos meus lindos olhos se pela vontade que mostrei. Agora há que mostrar eficiência.

Vou.

sexta-feira, 18 de março de 2011

0.00 de embriaguez. 9.99 de estupidez

Hoje começo oficialmente a trabalhar. Não podia haver desculpa melhor para mim hoje. Desculpa para o que não interessa. Já escolhi a minha farda de trabalho e é bonita. Se há coisa que muda o mundo aos olhos de uma mulher é o facto de ela se sentir bonita. Eu apesar de tudo sinto-me bonita. Bonita sobretudo porque ainda ecoam as palavras que me foram dirigidas ontem. Eu raramente me sinto muito feia. Mas tenho os meus complexos fundamentados.

(pausa para ver se a massa espiral está cozida)

Por falar no dia de ontem...fiz o teste do balão! Mandaram-me parar os senhores polícias. Em três anos e meio de carta, já tinha passado por várias operações stop mas nunca me tinham mandado parar. Ontem foi o dia. Vinha de uma discoteca onde tinha ido acompanhar uma mini reportagem sobre os jovens e o alcool quando tudo aconteceu. Fiz pisca e parei. Deixei o carro a trabalhar mas era coisa para demorar. Os meus documentos e os da viatura. Desconfio que só pedem a carta para me chamarem pelo nome sem eu entender logo como raio o adivinharam. Depois de mostrar as papeladas, o senhor polícia perguntou-me se já tinha bebido. Eu, toda esperta, ri-me e só depois disse que não. POrque eu queria soprar naquele aparelho que só tinha visto na televisão. E o senhor polícia sempre esperançoso na minha embriaguez. Para seu desgosto, o resultado foi 0.00. "Hoje tá tudo a zeros, que tristeza", disse um outro senhor polícia. Desejaram-me uma boa noite e lá fui eu toda desembriagada para casa.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O macaco é mais pessoa que eu

Quando as pessoas criam hábitos, a vida torna-se perigosa. O hábito de se deixar magoar. O hábito de ser aquilo. O hábito de ser humilhada. O hábito de sofrer. O último será a soma penosa de todos os outros hábitos. Chorar torna-se contraditório quando as acções o mentem. Há uma coisa que eu gostava de frisar: continuas na minha vida porque sou fraca. Sou fraca todos os dias, todas as manhãs e quase todas as horas. Porque me esqueço de como és egoísta. Porque me esqueço que Barcelona foram só quatro dias e a vida são pelo menos 365 por ano. Peter Singer diz que nem todos os seres humanos são pessoas. Para ele, para um ser humano ser pessoa, tem que ser racional, autónomo e auto-suficiente. Penso que são essas três. Talvez eu não seja uma pessoa. Um macaco será mais pessoa que eu na medida em que terá mais racionalidade, será mais autónomo (já que eu preciso muitas vezes de um carro para me deslocar) e ainda auto-suficiente. Eu não me chego. Infelizmente.

quarta-feira, 16 de março de 2011

El Corte Inglés, la murte del portugués

Hoje estou encarregada de acompanhar umas conferências sobre moda, com um designer chamado José Mendonça. Primeira observação: o homem é sopinha de massa. Segunda observação: como é que alguém que fala assim pode ter credibilidade? Terceiro pensamento: será gay? Depois vieram ainda mais algumas observações que o meu ouvido não deixou passar em silêncio. O homem está em Londres e trabalha como freelancer no El Corte Inglés. Talvez por isso tenha dito podamos (eu por acaso não sei cortar os ramos das árvores, quem faz isso muito bem é um tio meu) e ainda tanhamos em vez de tenhamos. Ele avisou que às vezes lhe saíam palavras em inglês (que bonito, fala inglês com naturalidade). Mas e o português? Sim, posso estar a ser injusta para com o senhor. Ele até parece ter estatuto para se enganar uma vez ou outra, mas não podia deixar de fazer estas observações. Até porque são espontâneas.

Uma coisa que quero ainda ver esclarecida é o meu modo de pausar. Uso sobretudo os pontos finais porque quando estou a pensar no que escrevo, penso exactamente com essas pausas. Se é ponto final é porque há uma pausa maior entre duas coisas pensadas. Quando há vírgula isso não acontece. A pausa é menor. Quase não existe no meu palavrear mental.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Não bebo café, haverá cura?

Tenho uma avó que não entende porque não bebo café quando vou ao café. Já quase falei com Deus para ver se ele me dizia qual o meu problema, mas como a minha avó é muito amiga dele, já lhe deve ter perguntado. Até hoje, depois de (aproximadamente) sete anos a perguntar, parece ainda não ter obtido resposta. Nem do Senhor nem da Letícia. Quando vou ao café bebo chá se estiver frio (ou um carioca de limão, porque parece uma linguagem mais técnica), no verão uma Frize de groselha ou um gelado. Não é muito variável. Já tenho comido gomas na sequência de invejar as do Rafa. Mas não parece ser natural uma rapariga de 21 anos dizer "para mim podem ser umas gomas de banana". Sim, gosto muito daquelas gomas em forma de banana. Há já uns anos que são das minhas preferidas. Também gosto dos pauzinhos vermelhos. Por falar em gomas, no armazém da Cache Cache há umas daquelas de ursinhos. Sabem mesmo bem, entre arrumações e correrias. E mousse de chocolate caseira? Eu não gosto de mousse, mas só até ser caseira. Se bem feita, pode ser um sonho gastronómico. Com umas nozes por cima para impor mais respeito. E mariquice. Vou experimentar um dia destes. Quem quiser oferecer-se como degustador, o meu número é o 96...

domingo, 13 de março de 2011

العودة في الوقت المناسب

A vida corre-me bem. Não posso, mas vou, queixar-me. Falta sempre algo. O fim de semana fez-me recuar no tempo. Fiz várias paragens. Uma em Barceloneta e outra nos problemas familiares. De sempre.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Presente, mas não de aniversário!


Às vezes há coisas que denunciam o que a prática não faz. Um sorriso acontece cada vez que olho para este porta-chaves. Pode não ser o sorriso dos lábios, mas é.

terça-feira, 8 de março de 2011

Ciudad Rodrigo/Acampamento/Saídas/InterRail/vida

Abri uma página na internet. Essa página tem fotografias e não é o Facebook. Parece que podemos ser os seres mais felizes do mundo num momento e no momento seguinte somos uma coisa lastimável que se faz mover entre os demais corpos. É isso que me sinto muitas vezes. Mais um corpo a povoar a Terra. Sítios onde não vou, pessoas com quem não estou. Amor? Que tipo de amor deixa excluído o Ser amado? Não sei, mas já não consigo ser feliz com tão pouco. A praga das baratas propagou-se a todos os momentos. O Ser amado que sei que sou, é apesar de tudo merecedor de pouco. Todos os demais têm um pedaço de sorriso, fragmentos de palavras, direitos sobre ti. O teu nome é propriedade de todos e de ninguém. O meu não existe em correlação com o teu. O meu nome é sempre riscado da lista. Melhor, não consta dela. De ti sei apenas o que pergunto ou o que os olhos vêem. Muitas vezes sei o que o coração me faz sentir. Vivo nas sombras da tua vida. À margem. A meta de partida ficou para trás. O caracol está a passar-me à frente. Feliz. Eu, o animal veloz, estou ferido. Não ando, estou parado. Desesperado pela minha recuperação. As poucas rotas que traças no futuro certo doem mais que picadelas de abelha. E porquê? Porque sou mera espectadora dos riscos que traças. E tu, talvez sem saberes, falas da minha exclusão como quem fala da crise. Com normalidade.

Lacrimejando... Sou eu.

domingo, 6 de março de 2011

Momento musical do dia

Eu gosto disto.

Sim, o gordo da imagem assusta um pouco

Pensei isto agora:

Comprei laranjas, agora tenho de come-las. Metáfora ou não? Eis a questão.

E assim escureceu o dia lá fora

O meu dia começou cedo. Às nove e meia da manhã tinha hora marcada no pavilhão desportivo da UBI. Torneio de futsal feminino. Passei horas de frio, a tirar umas rascas e longínquas fotografias e a fazer umas perguntas rápidas. Dei-me conta que talvez não tenha tanta vocação para o jornalismo. O saber escrever é muito pouco. Tenho que saber não complicar, falar com as pessoas assim que tiver oportunidade. E se não tiver essa oportunidade, terei de ser eu a criá-la. Ser insistente comigo e com os outros. No meio de tudo isto, tive alguma sorte de principiante. Haviam pessoas com quem eu queria falar. Entre elas o SENHOR admininstrador da UBI e o presidente da Associação Desportiva da Estação. Um deles procurei e encontrei. Fui perguntando e alguém me apontou para o senhor com chapéu à inspector Gadget. Eu perguntei e ele cumpriu o seu papel falando aqueles clichés desportivos e não só. Falou o tempo necessário e demonstrou alguma familiaridade com o jornalismo e seus trâmites. Andei a vaguear pelas bancadas e fui estacionar ao lado dos meus colegas jornalistas. Mais tarde apercebi-me que havia a zona reservada à imprensa. E faltava-me falar com alguém ligado à UBI. Nem que fosse a empresa de limpeza dos pavilhões. Estava eu a pensar na morte de um animal qualquer que não da bezerra, quando me aparecem muito bem colocados, administrador e dois homens que empunhavam dois espectaculares gravadores. Não sabendo eu quem era o entrevistado, mas estando certa de que devia interessar, foi só ligar o gravador (no caso o mp3 da Sony que me foi amavelmente oferecido). Depois perguntei quem era e descobri que era a peça que faltava. Que dizer? Vida de jornalista.

Na segunda parte do dia, entre falhas de computador e siestas alongadas, o céu foi escurecendo lá fora. Já comecei a estruturar a notícia e a desenvolver o meu léxico desportivo. Agora tenho o barulho de fundo da televisão e penso um pouco no dia. E nos dias. Estou por exemplo a pensar que ontem eram só pessoas a dar-me parabéns no Facebook e mensagens no telemóvel e atenções redobradas. Hoje as pessoas voltaram às suas vidas. Eu voltei às paredes do meu quarto. Que até gosto. Altos e baixos. Voltas e reviravoltas. Sol e chuva. Amor e exclusão.

Tenho escrito menos, voltei.

sábado, 5 de março de 2011

Bolo cor de rosa


Na falta do bolo no forno da minha mãe, há um bolo com cor de menina. Oh. Em minha casa eu fiz anos mesmo não estando lá.

Chega ao fim o 5 de Março

Em dias como o de hoje apetece-me ter vidas que não tenho. Apetecia-me ter um namorado por exemplo. Que me levasse a ver o Cisne Negro e me fizesse uma proposta indecentemente amorosa. O que tenho eu? Fragmentos incertos. Momentos fugazes. A solidão do meu quarto escuro. Já tenho 21 anos e uma incerteza...quanto mais tempo te restará?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carências transcritas pela escrita

De repente percebo porque diz o professor Herlander que quem não está na rede não existe. Todos sabem que eu faço anos hoje graças ao Facebook. Um pouco aborrecido. Eu não sou daquelas pessoas que vai escrever "parabéns =)" aos murais das pessoas quando o Facebook me alerta para isso. Tenho agradecido a quem faz o esforço de carregar nas teclas P, A, R, A, B,´, E, N, S. Sinto-me na obrigação de carregar nas teclas O, B, R, I, G, , A, D, O. Já me cantaram a música três vezes e de uma forma até com graça. Não posso queixar-me de falta de protagonismo. As pessoas parecem estar a dar importância ao dia 5 de Março. Satisfaz-me um pouco, num momento da vida em que preciso de ser mimada por pessoas. Dois alguens lembraram-se de me fazer capuccino com chantilly. Momento a três pessoas e a cinco estrelas. Estou contente. Espero que não se tenham esgotado os mimos porque depois de dormir quero mais. Entretanto e como também é Carnaval, deixo uma foto de como eu estava antes de me sentar na cama e relatar coisas de uma rapariga que escreve. Carências transcritas pela escrita.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Urbi et Orbi

Hoje o meu dia começou antes de o despertador ter despertado. Gosto destes pleonasmos. Dormi com uma ansiedade quase inexplicável. Quase.

(Texto interrompido para fazer testes com câmara de vídeo do TUBI - televisão da Universidade da Beira Interior. Eu, Letícia Neto, a ser entrevistada por Maria Campeão com imagem de Vanessa Colaço)

Outra das coisas que me tirou o sono foi o facto de estar ansiosa pela cobertura de um evento (internacional) de futsal feminino. Já agora, fica aqui o link do Urbi et Orbi, onde se podem ler as minhas notícias, entre outros. Já está lá a minha notícia um tanto desinteressante. Prometo melhorias na segunda.

http://www.urbi.ubi.pt/