sexta-feira, 29 de abril de 2011
Tron Le(ticia)gacy
Acabei de ver Tron, o filme. E tenho a dizer que gostei. Os cenários de realidade virtual não são alvo da minha preferência, mas acho que tenho uma ideia muito mal concebida na minha cabeça. Preconceito infundado talvez. Apesar de só ter estado atenta a 10% do tempo de aulas de Cibercultura, sinto-me fascinada com estas coisas tão visionariamente alucinantes. Percebo hoje um pouco mais do mundo da computação do que quando tinha cinco anos. Consigo perceber o quão cativante podem ser estes mundos virtuais tão ao jeito daquilo que eu percebi de Cyberpunk. Hoje estou um pouco mais rica. Apesar de ter passado duas horas a achar que sou uma nulidade electrónica, estou satisfeita. Continuarei a ser um pouco lenta e lidar com separadores, teclas e legendas, mas há melhorias nalgum ponto relacionado. A Olivia Wild representou-me bem enquanto parte feminina da coisa. Quase chorei com um filme que diz "é tudo virtual burra!". Quase.
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domingo, 24 de abril de 2011
Facebolisticamente falando
Hoje foi a Páscoa. A Páscoa é uma seca. Depois de dias sem escrever, regresso com uma primeira frase interessantíssima. Estou a lembrar-me de um quase debate que se gerou no meu mural do Facebook a propósito do seguinte dito:
Não gosto das pessoas que falam mal do Cristiano Ronaldo. Dizem que tem a mania. E preferem o Messi. Com o Mourinho às vezes também acontece. Mais uma vez volto a dizer: há pessoas que podem ser arrogantes, irónicas e ter a mania. Eles são dois exemplos disso. A falsa humildade é sempre melhor aos olhos do comum dos mortais, mas não devia ser assim.
Já tenho uns 30 comentários a esta simples coisa que eu disse. Várias conclusões. A primeira é que o futebol aquece fusíveis a muita e variada gente. A segunda é que há pessoas que não gostam do Mourinho (como é que é possível?). A terceira é que ninguém meteu like no meu comentário que dizia:
Dizem que o Ronaldo devia ajudar os pobrezinhos. Já montou a loja à irmã, já deu emprego ao ex-cunhado, fez da outra irmã uma mulher do pimba... e o que é isso? Ajudar os pobres. Ele não tem obrigação de acabar com a fome no mundo. Digo eu.
...que eu acho espectacular.
A quarta constatação é que o Paulo não diz nada de jeito.
A quinta (e só porque tenho sono a última), a Diana meteu like no que eu disse! E a Diana é só a pessoa que se pudesse atropelava o Ronaldo à saída da D&G. E ela não é do tipo irónica. Distraiu-se.
Não gosto das pessoas que falam mal do Cristiano Ronaldo. Dizem que tem a mania. E preferem o Messi. Com o Mourinho às vezes também acontece. Mais uma vez volto a dizer: há pessoas que podem ser arrogantes, irónicas e ter a mania. Eles são dois exemplos disso. A falsa humildade é sempre melhor aos olhos do comum dos mortais, mas não devia ser assim.
Já tenho uns 30 comentários a esta simples coisa que eu disse. Várias conclusões. A primeira é que o futebol aquece fusíveis a muita e variada gente. A segunda é que há pessoas que não gostam do Mourinho (como é que é possível?). A terceira é que ninguém meteu like no meu comentário que dizia:
Dizem que o Ronaldo devia ajudar os pobrezinhos. Já montou a loja à irmã, já deu emprego ao ex-cunhado, fez da outra irmã uma mulher do pimba... e o que é isso? Ajudar os pobres. Ele não tem obrigação de acabar com a fome no mundo. Digo eu.
...que eu acho espectacular.
A quarta constatação é que o Paulo não diz nada de jeito.
A quinta (e só porque tenho sono a última), a Diana meteu like no que eu disse! E a Diana é só a pessoa que se pudesse atropelava o Ronaldo à saída da D&G. E ela não é do tipo irónica. Distraiu-se.
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quinta-feira, 14 de abril de 2011
Santarém às portas do sol
Não tenho escrito porque o meu novo computador não me deixa entrar no meu blogue. Não sei nada bem porquê. Então, porque a necessidade se impõe, cá estou eu frente ao meu velho e grande Asus.
No fim de semana passado estive em Santarém e Lisboa. Fui com umas amigas fazer o tipicamente feminino. Procurar vestidos para um jantar de gala. Eu acabei por não comprar nada, mas fui a única das quatro que fomos. Eu, a denominada fútil do grupo. Entretanto vimos uma actriz famosa na H&M. Foi quase o delírio. Nesse mesmo dia deliciei o paladar com os tão justamente afamados pastéis de Belém. São muito bons. Com açúcar em pó e canela são uma coisa inigualável. Fomos aos sítios turisticamente avaliados e ainda nos perguntaram (um senhor que se mantém imóvel numa rua da baixa) se éramos brasileiras. As minhas mochilas davam-me um ar de polaca incontestável. Mas há que compreender que estar todo o dia a posar com turistas deve dar volta à cabeça de qualquer criatura.
Já em Santarém há que ressalvar a boa hospedagem, as Portas do Sol, a Horta da Fonte e o bom calor. A viagem de comboio no regresso à Covilhã, revelou-se uma agradável surpresa. Além de percorrermos todas as carruagens do comboio para saciar a curiosidade de ver o bar, quase toda a gente da UBI vinha naquele raio de comboio. Em quatro horas de viagem conseguiu-se apanhar a comunidade ubiana quase toda. Durante a viagem conversámos muito e relembrámos os últimos três anos. Decidiu-se pela escrita de um livro de recordações escrito por todas. Eu acho uma boa ideia. Até posso tirar algumas coisas aqui do blog.
Depois desta viagem, surgiram novos conceitos como "A VOOOZ" ou "terça-feira! UH!" ou ainda o santareno "dá cá se queres ver..."
No fim de semana passado estive em Santarém e Lisboa. Fui com umas amigas fazer o tipicamente feminino. Procurar vestidos para um jantar de gala. Eu acabei por não comprar nada, mas fui a única das quatro que fomos. Eu, a denominada fútil do grupo. Entretanto vimos uma actriz famosa na H&M. Foi quase o delírio. Nesse mesmo dia deliciei o paladar com os tão justamente afamados pastéis de Belém. São muito bons. Com açúcar em pó e canela são uma coisa inigualável. Fomos aos sítios turisticamente avaliados e ainda nos perguntaram (um senhor que se mantém imóvel numa rua da baixa) se éramos brasileiras. As minhas mochilas davam-me um ar de polaca incontestável. Mas há que compreender que estar todo o dia a posar com turistas deve dar volta à cabeça de qualquer criatura.
Já em Santarém há que ressalvar a boa hospedagem, as Portas do Sol, a Horta da Fonte e o bom calor. A viagem de comboio no regresso à Covilhã, revelou-se uma agradável surpresa. Além de percorrermos todas as carruagens do comboio para saciar a curiosidade de ver o bar, quase toda a gente da UBI vinha naquele raio de comboio. Em quatro horas de viagem conseguiu-se apanhar a comunidade ubiana quase toda. Durante a viagem conversámos muito e relembrámos os últimos três anos. Decidiu-se pela escrita de um livro de recordações escrito por todas. Eu acho uma boa ideia. Até posso tirar algumas coisas aqui do blog.
Depois desta viagem, surgiram novos conceitos como "A VOOOZ" ou "terça-feira! UH!" ou ainda o santareno "dá cá se queres ver..."
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
Pena pelo que sou
Já todas foram dormir. Só eu restei na sala. No acolhedor ruído dos meus fones da Marvel. (Sara Tavares)Estudo. Ou faço o que faço, que poderá ser entendido como tal. Já não escrevo há dias. Mais ainda, já não fotografo há meses. Tenho pena de não me dedicar mais à fotografia. Porque gosto e porque tenho uma máquina mais cara que o normal para estar a enfeitar a prateleira de cima. Ando ocupada, mas o estar-se ocupado é normalmente uma desculpa que as pessoas dão para não admitirem a preguiça ou o que quer que seja. Às vezes gostava de meter aqui fotografias para dar mais ânimo ao acumulado de textos, mas não as tenho. A ética. Alguém sabe o que será isso? Eu sei. A ética é uma COISA que tem a ver com as boas ou más escolhas que fazemos. Que se traduzem em acções. É ético beijar uma pessoa que diz ser o nosso nada? A minha mãe diria que não. Será ético mandar lixar a opinião da minha mãe? Será ético desejar a morte de alguém que só faz merda? Penso que não. Mas existe. E se existe é porque a ética não pode antecipar-se às nossas intuições, desejos, vontades, pensamentos. Só vem depois para estabelecer o chamado bom senso da racionalidade. Não que interesse, mas o estudo de dilemas etico-morais não podia vir em altura mais oportuna. Viria sempre. Tenho pensado nalgumas situações da minha vida que nunca ninguém me ouviu contar. Dias, momentos e situações que nunca ninguém mereceu saber. Ou que eu não saberia contar. Às vezes ouço falar de pseudo-problemas e só me apetece rir na cara das pessoas. Dessas pessoas. Não que lhes deseje mal. Desejo apenas um ínfimo clarão das minhas muitas noites. Para que não falem em vão e corram o risco de cair no ridículo. As pessoas moldam-se conforme as situações, é sabido. Eu sou aquilo que me fazem ser. E às vezes tenho pena do que sou. Podia ser mais estável. Podia confiar mais nas pessoas. Podia ser mais humana. Podia ser mais feliz. Podia gostar mais de mim.
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Música eticamente ouvível?
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sábado, 2 de abril de 2011
Descendemos do macaco. Descendo da minha mãe.
Fim de dia. Os dentes marcam sempre a hora de dormir. Depois de lavar os dentes já não há grande volta a dar. É escrever e dormir, necessariamente por essa ordem. Tenho um teste na próxima quinta-feira. Sobre a Ética e a perspectiva de vários autores. O mais polémico é sem dúvida Peter Singer. Ele diz que nem todos os seres humanos são pessoas e que alguns seres não humanos o são. Os golfinhos e os chimpanzés podem ser pessoas. Passo a explicar. Ele classifica o seres humanos como sendo membros da espécie homo sapiens, cientificamente determináveis. E pessoas, são aqueles seres que possuem racionalidade, auto-consciência e autonomia, que se concebem a si próprios (reconhecem-se frente a um espelho) e que se projectam no futuro. Confuso, sim. Ele diz assim numas folhas de powerpoint que estão aqui ao meu lado na cama:
Há pessoas que me fazem concordar com ele. Mais do que as pessoas que sofrem de uma doença qualquer que os torna não pessoas, existem os seres que não são pessoas porque não fazem uso da racionalidade com que foram dotados, não têm auto-consciência da merda de vida que têm (e proporcionam) e quando não têm autonomia para se isolarem dos que afectam negativamente. Posto isto, vivam os golfinhos que dão pinotes e fazem as (outras) pessoas felizes.
Se tivesse o poder de decidir a felicidade das pessoas, saberia de imediato a quem a atribuir.
De modo que matar um chimpanzé, por exemplo, é pior que matar um ser humano que, devido a uma deficiência mental congénita, não é nem pode vir a ser uma pessoa.
Há pessoas que me fazem concordar com ele. Mais do que as pessoas que sofrem de uma doença qualquer que os torna não pessoas, existem os seres que não são pessoas porque não fazem uso da racionalidade com que foram dotados, não têm auto-consciência da merda de vida que têm (e proporcionam) e quando não têm autonomia para se isolarem dos que afectam negativamente. Posto isto, vivam os golfinhos que dão pinotes e fazem as (outras) pessoas felizes.
Se tivesse o poder de decidir a felicidade das pessoas, saberia de imediato a quem a atribuir.
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