sábado, 27 de novembro de 2010

Spice Girls - Infância destruída pelos 20

A minha preferida era a desportiva. A Mel C. A minha irmã ficava sempre com as loiras.

As saudades

Tenho algumas dessas coisas a que chamam saudades. Mais que qualquer coisa, saudades das pessoas e das coisas espectaculares que elas fazem e que só nos apercebemos que existem quando não nos deparamos com elas na cozinha. O cheiro a bolo de iogurte que a minha mãe faz. O quente da lareira. Esse cheiro a Inverno. As vozes que se multiplicam ao sábado de manhã. As vozes de sempre. As publicidades de Natal que dão aos fins-de-semana pela manhã e o cheiro a almoço mal acordo. Acordo tarde e a minha mãe cozinha cedo. É isso. Ao meio dia e meio o mais tardar, o almoço está pronto. As mães conseguem ser seres inexplicáveis. A minha é só a minha mãe. E isso não é pouco. Não é das mães que liga todos os dias, mas isso não é grave. Normalmente sou sempre eu que ligo. Isso não impede que ela pense em mim todos os dias e que se preocupe com o meu orçamento ou estado de saúde. Ela diz-me que eu melhor que ela sei quando devo falar. E é verdade. Eu é que tenho coisas para lhe contar (insucessos e mais ainda os sucessos), dinheiro para lhe pedir, coisas para lhe perguntar... hoje é dela que tenho mais saudades. Queria contar-lhe que estou a aprender muito aqui em Barcelona e que um dia destes vou a Bruxelas. Queria explicar-lhe como é o catalão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Barcelona Loves you

(Antes de ler é favor clicar na música ali em baixo)

O título é alusivo a uma tshirt que diz "Barcelona loves me". É hora de recordar com alguma melancolia os quatro dias mais bem passados em Barcelona. Apesar do cansaço tudo o resto se impõe no meu sorriso mais profundo. Se amar não é isto que estou a sentir, então não sei o que é. Tudo foi perfeito até à mais sublime imperfeição. O cheiro da pele, os ruídos, as imagens, as palavras, o ar e o que de mais possa gravitar entre dois corpos. Perfeito. Só pode ser amor. O amor dos que anseiam passar o resto da vida lado a lado. O teu sorriso é mais que um sorriso. É o sorriso que me contagia da forma mais pura. Os teus olhos não são só uns olhos. Vêem o que mais ninguém poderia ver. As tuas mãos são mais que um conjunto de dedos ordenados. As tuas mãos têm o poder de me saber acariciar. Os teus pensamentos embrenham-se nos meus. A comunicação contigo acontece muitas vezes sem ser preciso o recurso às palavras. Porque falo para ti? Porque é de ti que falo. Falo de ti para quem quiser ler. Porque eu quero dizer às pessoas que me fazes o ser mais contente do mundo. Se o mundo for o limite máximo. E porque as músicas dizem muito, digo que ouvi esta durante o tempo que estive a escrever.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Há uma versão em português do último texto. Mas achei que em Espanhol reflectia melhor o meu esforço neste trabalho.

Joseph Ratzinger, el Papa de hoy

En 19 de abril de 2005, el humo blanco salió de la chimenea de la Capilla Sixtina en el cielo del Vaticano. La muerte de Juan Pablo II, dejó abierta la oficina del Sumo Pontífice de la religión cristiana. Después de varias horas de intensa expectación se hizo eco de la frase en latín "Habemus Papam". Desde cardenal, Ratzinger llegó a ocupar el cargo más alto en la Iglesia Católica. Se definió como "un trabajador sencillo y humilde en la viña del Señor" en su primera aparición en el balcón de la Basílica de S. Pedro.

En su pontificado, que dura hace cinco años, Benedicto XVI ya ha sido puesto a prueba ante el mundo creyente y no creyente. Los casos de abusos sexuales recientes que se han presentado, la firme oposición del Vaticano a la ordenación de mujeres sacerdotes y su visita al Reino Unido, son los mejores ejemplos de esto.

Pero la vida de Joseph Ratzinger comenzó mucho antes de convertirse en Papa. En Traunstein, un pueblo cerca de Austria, recibió su educación cristiana, humana y cultural. Experimentó el régimen nazi y su hostilidad a la Iglesia Católica. Ratzinger fue testigo de verdaderos actos de represión contra el clero. Debido a esta difícil situación experimentada por su país durante la Segunda Guerra Mundial, y los valores inculcados por la familia, vinculó su relación con la religión cristiana. Cuando fue nombrado Arzobispo de Munich y Freising, eligió como su lema episcopal "de los empleados de la verdad". Dijo que "en el mundo de hoy casi en su totalidad omite el tema de la verdad, parece demasiado grande para el hombre, y todo se desmorona si falta la verdad". La palabra verdad siempre ha sido omnipresente en sus discursos. Pero la verdad es un valor complejo y en sentido religioso la verdad corresponde a menudo a las reclamaciones basadas en la tradición de sus antepasados, en las palabras de un profeta o un libro sagrado que sirve de guía a aquellos que lo creen.

Entre sus enumeras publicaciones se incluyen: Introducción al cristianismo, Dogma y revelación, Informe sobre la Fe, La sal de la tierra y la escuela de la verdad. Ya recibió numerosos doctorados “Honoris causa”.

La polémica llegó en sucesión. En las últimas elecciones en Brasil, Benedicto XVI animó a los obispos brasileños para guiar a los fieles en el turno de votaciones, "Cuando los derechos fundamentales de la persona o la salvación de las almas requieren, los pastores tienen el deber de emitir un juicio moral grave, incluso en cuestiones políticas ", dijo el Papa. Esta actitud fue considerada como inadecuada por parte de la clase política en Brasil y en todo el mundo, debido al momento político que se vivía. Frente a los casos de abusos sexuales por parte de algunos miembros de la Iglesia Católica, el Vaticano y su líder publicaron una carta que sirve como una disculpa. Esa carta se rige por las coordenadas del arrepentimiento, la curación y la renovación. En su más reciente visita al Reino Unido, vino a reforzar la disculpa "pienso en el inmenso sufrimiento causado por el abuso de los niños dentro de las iglesias por los sacerdotes." Y continúa "por encima de todo, quiero expresar profundo pesar por las víctimas inocentes de estos crímenes indecibles." Una visita a un país de mayoría anglicana, es un hito simbólico, tanto para la Iglesia Católica y el Reino Unido, como para las relaciones internacionales. Bento XVI habló recientemente sobre el fenómeno de la inmigración, diciendo que "los Estados tienen el derecho de regular los flujos migratorios y para defender sus fronteras, garantizando siempre el debido respeto a la dignidad de todas las personas".

Desde que fue elegido Papa ya ha realizado algunos viajes por todo el mundo. Brasil, Alemania, Polonia, España, Turquía, Austria, Estados Unidos (donde dio un discurso ante la ONU), Australia, Francia, África, Jordania, Israel y Palestina, República Checa, Malta, Portugal, Chipre y el Reino Unido.

Con una gran forma en el plano intelectual y con ideas fijas, el Papa de hoy tiene el reto de encontrar una respuesta a los escépticos. Teniendo en cuenta los cambios que el siglo ha impuesto y se imponen, más preguntas se plantean. De este modo se pondrá en evidencia la capacidad del líder máximo de la Iglesia Católica y será posible crear un perfil más consistente del 266º Papa elegido.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As minhas pessoas fazem-me falta.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A mulher pensa em espiral, o homem em círculo

A mulher pensa mais. Nunca fui um homem, ou pelo menos não me lembro (como diz a teoria dos sonhos). Mas a mulher pensa muito. Muitas coisas e ao mesmo tempo. Não é por acaso que a mulher consegue fazer várias tarefas ao mesmo tempo e o homem não. Isto segundo um estudo qualquer. "O homem pensa em círculo e a mulher em espiral", foi esta a afirmação que me despertou mais interesse, entre muitas outras que tiveram lugar numa conferência de imprensa com um jornalista do jornal La Vanguardia. Resolvi concordar com a afirmação depois de pensar nela. Parece-me coerente. Disse ele que o homem é mais do tipo "ou é ou não é" e que funciona por hierarquias. Para o homem o essencial é estabelecer quem manda aqui. E o mandar nalgum lado tem um sentido muito amplo. A mulher é mais relacional e menos rígida (isso se excluirmos a minha irmã deste conceito). A mulher é de pormenores. Fica triste com pequenos gestos e contente com a pequenez de outros tantos gestos. Mas isto não é uma teoria sexista.Talvez eu até não me importasse de ser um pouco homem no seu sentido simplista. Seria tudo mais fácil. A vida seria um jogo de futebol, onde não se quer perder e o empate é o limite máximo do aceitável. Mas sou mulher. Penso até me cansar e adormecer. Escrevo até me cansar e adormecer. Amo até me cansar e adormecer. Canso-me até me cansar e adormecer. Vou dormir "meus queridos".

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Algumas reflexões do quotidiano

Ando há uns dias a reflectir sobre um certo e determinado assunto. Vou fazer uma introdução. Desde há uns anos que sou adepta de programas de entretenimento musical como o Ídolos ou a Operação Triunfo. Gosto daquilo. Gosto da competição, do facto de ser música ao vivo e de serem concorrentes jovens. Devo dizer que o ídolos com o passar do tempo superou em muito o programa da RTP apresentado agora pela Sílvia Alberto. Pela banda, pelos comentários sinceros de parte do júri (A brasileira só sabe ser simpática)e por mais coisas de que agora não falarei (não me lembro de mais nada também). Pois que a minha reflexão tem lugar agora. Tenho três amigas próximas que são pretas. Gosto muito delas, há que ressalvar. Duas delas vêem Ídolos assiduamente na minha presença, quer a edição anterior quer a do momento. E não sei bem porquê, mas os candidatos preferidos delas são sempre os pretos ou as pretas que entram no programa. Mas sempre. A amostra não é grande, é certo, mas acho que me permite adivinhar que isso seja uma regra. A pergunta que se impõe é a seguinte: não será isto também uma certa forma de racismo? Podem de facto gostar dos concorrentes. Podem. Mas não será coincidência a mais? Ou isto é uma forma não deliberada de racismo ou eu estou a ser radical e tudo se trata de um mero sentimento de familiaridade que advém de um mesmo tom de pele. Não sei. Mas a mim causa-me pensamentos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O atraso na mentalidade da mulher

Esta rapariga só não ganha "porque há mais carros cinzentos em Portugal do que em qualquer outro país da Europa"- frase original de Pedro Lopes, aqui adaptada. Falta de mentalidade, neste caso, das mulheres.

A minha irmã

As pessoas são diferentes. Enquanto cozinho, vou falar-vos da minha irmã. Que interesse tem a minha irmã? Pode ser como a vossa. Mas não é. A minha irmã é o extremo dos extremos. É teimosa por teimosia. E não é só aquela teimosia que é defeito menor numa personalidade. Quando ela marca uma pessoa, nem que essa pessoa faça o pino ela admite que a pessoa em causa tem uma certa ginástica corporal. Para ela existe o mau e o bom. O feio e o belo. O frio e o quente. Não existe o mais ou menos, o normal, o morno. Nesses pólos opostos ela encaixa as pessoas. E ou ela gosta ou ela não gosta. A minha irmã, muito raramente tem pessoas que lhe são indiferentes. É um ser complicado. Estuda enfermagem e eu entendo que seja a profissão ideal para ela. Porque ela gosta de mostrar frieza. Se ela mostrar frieza sente que tem uma certa superioridade. Sim, é mesmo isso. Se ela é má pessoa? Não se pode ser como ela e chegar a esse extremo. Para ela só existe uma verdade e tem que ser a dela. Comigo ela tenta ser a irmã mais velha. Sobretudo quando é para criticar. Sobretudo para me chamar fraca. A fraqueza a que ela nunca chamará humanidade. Em situações de crise ela consegue sempre surpreender-me. E porquê? Porque dorme como em qualquer outra fase da sua vida. Se ela chora? Sim, chora. Os motivos que a levam a chorar? Sinceramente não sei. Nem me recordo da última vez que o fez à minha frente. Não é prática corrente chorarmos na presença uma da outra. Mas apesar de tudo, é a minha irmã e gosto dela como gosto de um gelado com creme à Catalana.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O contrário de importância é...

Nem sempre estou certa da minha importância para as pessoas e isso chateia-me. Ser importante para as pessoas não significa que as pessoas tenham de me dizer "gosto de ti" todos os dias. Nada disso. Eu até nem sou muito exigente e aceito as formas mais codificáveis de demonstrar coisas. Há muitas vezes em que não há nada para descodificar. E eu quero que haja porque gosto de actividade cerebral. E de me sentir alguém para alguém. Vou ligar para a linha de saúde 24 e perguntar se isto tem cura.